Conheça um pouco mais da história da cidade de Estiva no estado de Minas Gerais (MG) a seguir. Compartilhe com seus amigos e parentes!
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Os viajantes que do Sul de Minas desmandavam à Capitania de São Paulo tinham como única passagem determinada ponto próximo à foz de um ribeirão no Rio Três Irmãos.
Toda a área em derredor era extenso pantanal e no dizer dos antigos constituía o pior pedaço da estrada dos tropeiros que vinham de Pouso Alegre, pela perda frequente de burros de carga nos atoleiros ali existentes.
Autoridades e particulares, interressados em remover o grande obstáculo e evitar a continuação de prejuízos, lá pelo ano de 1920, resolveram construir uma estiva de madeira roliça, o que foi feito numa extensão de 210 metros, desde o local onde hoje se ergue o obelisco comemorativo da criação do município, até o fim da atual Rua Pouso Alegre, na cidade.
O nome de Brejo da Estiva e posteriormente Estiva dado àquele trecho da estrada, aplicou-se naturalmente ao ribeirão e ao povoado que ali se formou.
Segundo Amadeu de Queiroz, em seu livro 'Pouso Alegre', em 1760 toda a região já era conhecida e explorada e oficialmente administrada.
O primeiro habitante da Estiva foi Domingos Soares, que ali chegou lá pelo ano de 1757, derrubou florestas e iniciou o cultivo das terras e craição de gado.
Outros que depois dele vieram para o mesmo local , fixaram-se definitivamente, dada a boa qualidade das terras e a amenidade do clima.
O povoado se formou, muitos anos depois, à margem do rio, nele se fixando como fazendeira a viúva Rosa Maria Lopes, que, pela sua grande devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, tinha em oratório a sua imagem e reunia em oração os seus familiares.
A devoção se espalhou e muitos acorriam, mesmo de lugares distantes, a tomar parte nas piedosas orações.
Não tardou que se pensasse em erigir uma capela em que fôsse a imagem condignamente venerada, o que se fêz com o generoso concursodos moradores de toda a redondeza, não, porém, no mesmolocal em que surgia o primitivo núcleo, masonde se acha a atual Praça da Matriz.
considerando mais apropriada pelos construtores, pela sua maior elevação, de acordo com as recomendações da autoridade diocesana, na época o Bispo de São Paulo, que determinou taxativamente na respectiva licença fosse a capela em lugar decente, alto e livre de umidade.
A construção da capela em outro local, que ficou concluída em 1843,desgostou profundamente a viúva Rosa Maria Lopes, que, por esse motivo,vendeu suas propriedades e se retirou para lugar incerto.
Em 1853 foram doados 14 hectares de terras para a formação do patrimônio de Nossa Senhora Aparecida da Estiva, sendo doadores João Pereira dos Reis, Luiz Pereira dos Reis, Antonio Pereira dos Reis, Joaquim Etelvino Pereira, José Ribeiro Pereira e João Galdino Pereira.
A primitiva capela foi substituída por outra de maior dimensões e em 1919, iniciada a construção definitiva da atual igreja matriz, sob a direção do então vigário padre Antonio Pascoal.
Pela Lei provincial n.
º 1 654, de 14 de setembro de 1870 foi o povoado elevado à categoria de distrito, pertencente ao município de Pouso Alegre, subordinação na qual se manteve até sua constituição em município autônomo, pela Lei estadual n.
º 336, de 27 de dezembro de 1948, composto de um único distrito, passando a dois no quinquênio de 1954 a 1958, com a criação do distrito de Pântano, pela Lei n.
º1039,de 12 de dezembro de 1953.
Judicialmente, está o município de Estiva subordinado à comarca de Pouso Alegre.
IBGE